segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O indice glicémico e a carga glicémica - diferenças

A grande diferença entre Índice Glicémico (IG) e Carga Glicémica (CG), e a sua importância.*

O IG baseia-se na velocidade que o açúcar de um determinado alimento chega a corrente sanguínea. É uma medida de qualidade dos hidratos presentes, porém tem uma grande falha, não considera a quantidade ingerida desse mesmo alimento.
A CG tem uma maior importância pois considera a quantidade ingerida desse alimento, logo, a quantidade correcta de hidratos que foi ingerida e o seu real impacto no organismo.

Por exemplo: 1 fatia de melancia tem um IG de 72% (alto!!) Essa fatia tem 150gr de peso, dos quais 10g de hidratos. Logo: CG= 72 x 10 / 100, ou seja Carga Glicémica de 7,2 (baixo!). 
A melancia tendo um IG alto, assustando até certas pessoas, na realidade tem uma CG baixa, pois o que interessa é a quantidade de hidratos (gramas) presentes na porção ingerida. 

Aparte de todos os benefícios adjacentes, quando se está num processo de perca de peso, é muito importante conhecer a Carga Glicémica dos alimentos. Devemos a todo o custo evitar alimentos que causam uma elevada CG no sangue. 
Temos de ter em atenção que todos os tipos de Hidratos de Carbono ingeridos (tanto simples, como complexos) transformam-.se em glicose (Açúcar), pelo aparelho digestivo. O nosso corpo usa esse açúcar como fonte de energia. Ao nível de glicose no sangue dá-se o nome de glicémia.

Qual o seu principal efeito negativo? O aumento da glicose vai estimular o pâncreas a produzir mais insulina (hormona que transporta a glicose até as células, para que o corpo as possa usar como energia). Porém, toda a glicose que não é utilizada pelo corpo, como energia, fica depositava sob a forma de gordura, e é desta forma que ganhamos Massa Gorda. Quanto mais insulina é produzida repentinamente, mais vai “sobrar” e ficar acumulada.
Quanto mais lentamente o açúcar chegar ao sangue, menos insulina é produzida, resultando em maior saciedade e menor risco de aparecimento de diabetes e obesidade.

A única excepção poderá ser para atletas, ou praticantes de actividade física com alguma intensidade.
Quando se termina um treino, o corpo faz uma reposição rápida das reservas de glicogénio no organismo. (energia que foi utilizada durante o treino). Nessa altura devemos ingerir alimentos com CG mais alta, para que sejam rapidamente absorvidos, não deixando assim que essa tal reposição seja feita a custa da energia acumulada na massa muscular.

Devemos também ter em conta que existem certas conjugações de alimentos que ajudam a diminuir o impacto da glicémia dos alimentos no corpo. Como? Adicionado fibras, proteína, gordura ou acidificando o alimento. Por exemplo, adicionando queijo (proteína), azeite (gordura) ou um iogurte (acidificar), pode conseguir diminuir substancialmente o impacto da elevada CG no organismo de certos alimentos. Essa conjugação deve ser feita por um profissional da área da nutrição.

Uma boa regra para nos guiarmos, principalmente se o objectivo for perder peso, é não deixar que a CARGA GLICÉMICA de cada refeição ultrapasse o valor de 30.
Querem um exemplo? 
1 peito de frango (ou 2 ovos, ou 1 bife ou peixe) + 120 gr de batata doce + 100 gr de feijão preto + 150 gr de feijão verde ou bróculos.


*Este texto não foi feito por um profissional de nutrição. São apenas ideias, conceitos e percepções de uma pessoa interessada na área. As informações foram retiradas de vários websites da internet, após uma pesquisa intensa.

Indice Glicémico VS Carga Glicémica



Como se pode observar, existem alimentos com baixo IG, que têm uma CG bastante alta e o contrário também se observa. Alimentos que pensamos ter um IG bastante elevado, mas na realidade o seu impacto é baixo.


PS: As tabelas foram todas feitas por mim, incluindo os cálculos das quantidades por porção + HC por porção, e finalmente a CG de cada porção de alimento. O valor do IG dos alimentos, foi retirado de tabelas pré-feitas.




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A Dieta Metabólica - o que é?

A Dieta Metabólica é específica para o ganho de massa muscular e perda da gordura.
Esta dieta foi desenvolvida pelo Dr. Mauro Di Pasquale como resposta ao uso de drogas.
O seu objectivo era desenvolver uma dieta com resultados semelhantes, porém que fosse natural e segura.
A Dieta Metabólica faz isso através da manipulação das hormonas de construção muscular. A chave do sucesso é comer a combinação certa de alimentos no momento certo
Não é fácil, mas funciona se for feita correctamente. 
Mauro Di Pasquale é canadense, especializado em medicina desportiva, e auxilia pessoas a perder peso e se manterem em forma há quase 40 anos. Foi atleta a nível mundial durante 15 anos e professor da Universidade de Toronto por mais de uma década e, durante sua carreira, tem escrito vários livros e centenas de artigos sobre perda de peso, ganho de músculos, nutrição, em diversos jornais e revistas do mundo todo.
Hoje é considerado um dos maiores especialistas em sua área.
A Dieta Metabólica trata da manipulação da massa corporal magra e da gordura corporal. Isso pode ser realizado por mudanças metabólicas e pela alteração das hormonas anabólicas (testosterona) e catabólicos (cortisol) do organismo e dos factores de crescimento (GH).
Porém, é mais do que apenas a melhor maneira natural para se alcançar os objectivos na musculação…
Ao duplicar muito do que as pessoas ganham com o uso de suplementos que modificam a composição corporal, a Dieta Metabólica é uma alternativa segura, eficiente e natural.
É expressiva, e sem efeitos colaterais.

O QUE É A DIETA METABÓLICA?
Simplesmente a DM é constituída de muita proteína, muita gordura, e pouquíssimos hidratos de carbono.
Os hidratos foram retirados quase completamente, e as gorduras foram colocadas em seu lugar.
A cada X dias, são introduzidos hidratos dos bons. 
1ª fase : 12 dias sem hidratos + 2 dias com; 
2ª fase e seguintes: 5 dias sem hidratos + 2 dias com.
Agora perguntamo-nos: como vou perder gordura comendo muita gordura? Este é um paradoxo muito interessante.
Quando estamos abastecidos de hidratos, a insulina tende a ter níveis no nosso corpo que flutuam para maior ou menor concentração. Estas flutuações são prejudiciais para o organismo, pois com elas nós acabamos por reter muita gordura no corpo. Retirando os hidratos da nossa dieta, mantemos os níveis de insulina no corpo estáveis e muito baixos, fazendo com que a retenção de gordura seja mínima, assim como a retenção de líquidos.
Além disso, obrigamos o corpo a usar as gorduras como fonte de energia, e não mais os hidratos. As gorduras possuem forte acção anti-catabólica, e protegem os músculos de forma muito mais eficiente do que os hidratos.

Além de tudo isso, este processo metabólico aumenta NATURALMENTE seus níveis de testosterona e GH, e decresce os níveis de cortisol, simulando assim esteróides anabolizantes no nosso corpo. Tudo naturalmente.

                    PROTEÍNA + GORDURA + HIDRATOS (dos bons!)








sábado, 18 de janeiro de 2014

The Secret Live of Walter Mitty

Fui com o pé atrás…. Mas rapidamente me deixei levar.

 É uma inegável historia inspiradora, que nos leva a pensar sobre o que estamos a fazer com a nossa vida e que nos leva a pensar de uma maneira um pouco diferente.

Consegue manter uma boa sinceridade, sendo uma excelente representação do ser humano e dos seus devaneios, das suas dúvidas, dos seus sonhos ainda não realizados. Uma prova de como a perseverança e a motivação (seja esta, qual for), são pilares essenciais para se construir uma vida.

Adorei, e vou repetir!

Algumas musicas de uma fantástica banda sonora.

Stay Alive

Space Oddity

Of Monsters and Men


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Devemos cortar o casulo?


Ultimamente tenho pensado bastante neste texto que aqui transcrevo

"The pain creates the wings. Butterfly.

A young boy found a cocoon of a butterfly. One day a small opening appeared in the cocoon.  He watched for several hours as the butterfly in pain struggled to squeeze its body through the tiny opening… It looked like there was no way out.

The boy can’t take it no more and says, NO. And because he wants to help the butterfly, he grabs a pair of scissors and cuts the cocoon so that the butterfly could easily came out.

However something was different about the butterfly.   It looked odd.  It had a swollen body and shrived little wings.  All the butterfly could do now, was crawling. The wings never enlarged, never expanded. He watched patiently expecting the butterfly to take its proper shape.  Nothing changed. It CAN’T fly….

The butterfly was never going to be able to fly. Why? Because the process of pushing and struggling, required by the butterfly to get through the opening was a way of forcing the fluid from the body, into the wings.

The pain is what creates the wings. It’s the pushing, it’s the fight, and it’s the determination. Without them, you won’t have wings and you won’t be able to FLY!

If you are the one struggling to get through the cocoon, keep in mind your beautiful form is not far away and soon you will be able to soar.  Ancient scripture says to rejoice in our sufferings because sufferings produce endurance, endurance produces character, and character produces hope.

When coaching or helping others, it is critical to recognize when people need to learn how to do things on their own.  Your eagerness may be hindering their progress."

e sempre que o leio, coloco-me a mesma questão... Será que há uma altura na vida, em que devemos cortar o casulo?

É uma decisão difícil de se tomar, quer seja por pais em relação aos filhos, quer seja em relação a nós próprios e aos nossos objectivos.
Quando devemos parar de lutar?
Quando devemos dar o braço a torcer?
Já aqui tinha deixado um artigo que falava disso mesmo, Desistir ou Resistir , e dou por mim a repetir o mesmo assunto, o mesmo tema. Porquê?
Talvez porque seja uma dúvida permanente na minha cabeça... e penso que quem se queira debruçar sobre o assunto e tentar dar uma resposta apenas, não vai conseguir!

A questão principal é simplesmente esta:

Todos sabemos que uma grande % das borboletas, mesmo apesar de todo o esforço, apesar de toda a luta e toda a determinação, não conseguem sair do casulo. A força não chega, e acabam por morrer.
É a lei natural da vida? Sim. Mas será que elas não preferiam ter vivido como borboletas que não voam, do que não viver de todo?
Será que essas lagartas que não se transformaram em borboleta e não viveram, não tinham determinação? Ou apenas não estava na natureza delas chegar ao estágio de borboleta?




Será que aquilo que nos leva a pensar tanto neste tema, é o medo de não conseguir chegar aos nossos objectivos? O medo de não ser bem sucedido? O medo que os nossos objectivos, acabem por se transformar num fracasso? Ou apenas o medo do desconhecido?






Se for apenas o último medo, sim, penso que devemos insistir e nunca desistir. O impossível, só é impossível até alguém o fazer.

Mas... e se for o facto do nosso corpo não estar preparado para o objectivo que traçamos para ele?
Ou até dando outro exemplo, e se ao querermos ajudar um filho, não "cortando" o casulo e deixando-o enfrentar as dificuldades todas sozinho, estamos a frustra-lo ainda mais, chegando a um nível que ele já não aguenta?
Como delinear os limites. Onde são as fronteiras?

Todos somos diferentes, temos capacidades diferentes, temos limitações diferentes.
Após discutir este assunto com várias pessoas, percebo que as opiniões são sempre contrárias e confusas. Ninguém consegue dar uma resposta e permanecer com essa opinião até ao final da discussão.



Qual a vossa opinião?