segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Devemos cortar o casulo?


Ultimamente tenho pensado bastante neste texto que aqui transcrevo

"The pain creates the wings. Butterfly.

A young boy found a cocoon of a butterfly. One day a small opening appeared in the cocoon.  He watched for several hours as the butterfly in pain struggled to squeeze its body through the tiny opening… It looked like there was no way out.

The boy can’t take it no more and says, NO. And because he wants to help the butterfly, he grabs a pair of scissors and cuts the cocoon so that the butterfly could easily came out.

However something was different about the butterfly.   It looked odd.  It had a swollen body and shrived little wings.  All the butterfly could do now, was crawling. The wings never enlarged, never expanded. He watched patiently expecting the butterfly to take its proper shape.  Nothing changed. It CAN’T fly….

The butterfly was never going to be able to fly. Why? Because the process of pushing and struggling, required by the butterfly to get through the opening was a way of forcing the fluid from the body, into the wings.

The pain is what creates the wings. It’s the pushing, it’s the fight, and it’s the determination. Without them, you won’t have wings and you won’t be able to FLY!

If you are the one struggling to get through the cocoon, keep in mind your beautiful form is not far away and soon you will be able to soar.  Ancient scripture says to rejoice in our sufferings because sufferings produce endurance, endurance produces character, and character produces hope.

When coaching or helping others, it is critical to recognize when people need to learn how to do things on their own.  Your eagerness may be hindering their progress."

e sempre que o leio, coloco-me a mesma questão... Será que há uma altura na vida, em que devemos cortar o casulo?

É uma decisão difícil de se tomar, quer seja por pais em relação aos filhos, quer seja em relação a nós próprios e aos nossos objectivos.
Quando devemos parar de lutar?
Quando devemos dar o braço a torcer?
Já aqui tinha deixado um artigo que falava disso mesmo, Desistir ou Resistir , e dou por mim a repetir o mesmo assunto, o mesmo tema. Porquê?
Talvez porque seja uma dúvida permanente na minha cabeça... e penso que quem se queira debruçar sobre o assunto e tentar dar uma resposta apenas, não vai conseguir!

A questão principal é simplesmente esta:

Todos sabemos que uma grande % das borboletas, mesmo apesar de todo o esforço, apesar de toda a luta e toda a determinação, não conseguem sair do casulo. A força não chega, e acabam por morrer.
É a lei natural da vida? Sim. Mas será que elas não preferiam ter vivido como borboletas que não voam, do que não viver de todo?
Será que essas lagartas que não se transformaram em borboleta e não viveram, não tinham determinação? Ou apenas não estava na natureza delas chegar ao estágio de borboleta?




Será que aquilo que nos leva a pensar tanto neste tema, é o medo de não conseguir chegar aos nossos objectivos? O medo de não ser bem sucedido? O medo que os nossos objectivos, acabem por se transformar num fracasso? Ou apenas o medo do desconhecido?






Se for apenas o último medo, sim, penso que devemos insistir e nunca desistir. O impossível, só é impossível até alguém o fazer.

Mas... e se for o facto do nosso corpo não estar preparado para o objectivo que traçamos para ele?
Ou até dando outro exemplo, e se ao querermos ajudar um filho, não "cortando" o casulo e deixando-o enfrentar as dificuldades todas sozinho, estamos a frustra-lo ainda mais, chegando a um nível que ele já não aguenta?
Como delinear os limites. Onde são as fronteiras?

Todos somos diferentes, temos capacidades diferentes, temos limitações diferentes.
Após discutir este assunto com várias pessoas, percebo que as opiniões são sempre contrárias e confusas. Ninguém consegue dar uma resposta e permanecer com essa opinião até ao final da discussão.



Qual a vossa opinião?

1 comentário:

  1. Olá Sofia,
    Adorei o texto que partilhaste e revejo-me todos os dias nisto e por mais que queira ser assertiva quanto a isto, esbarro-me sempre e deixo-me ir por enredos da minha cabeça que me atraiçoa e que me fechei no casulo e esqueço que posso ser uma borboleta... Não sei se é preguiça, comodismo, dou por mim assim em muitas realidades da minha vida e é uma tentativa de mudar constante... Mas todas as pequenas conquistas são maravilhosas e o amor é uma força tão poderosa, mas ainda estou a trabalhar para me aperfeiçoar e ainda tenho muitas lacunas acho que ainda sou uma lagarta à espera da maturidade, mas ao estar à espera também não chego lá... Ou seja não é fácil, mas sonho em ser uma borboleta e saber o que é o melhor para lá chegar. Obrigada pela tua partilha.
    Carolina Ferreira

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